D. MARIA – E esse moço abriu-se contigo e pediu-te a mão de tua irmã?
EDUARDO – Não, minha mãe; eu disse-lhe que sabia a afeição que tinha a Carlotinha, e por isso queria apresentá-lo à minha família. D. MARIA – E exigiste dele a promessa de casar-se com ela?
EDUARDO – Não; não exigi promessa alguma.
D. MARIA – Foi ele então que a fez espontaneamente?
EDUARDO – Não podia fazer, porque não tratamos de semelhante coisa.
D. MARIA – Mas, meu filho, não te entendo. Tu chamas para o interior da família um homem que faz a corte à tua irmã e nem sequer procuras saber as suas intenções!
EDUARDO – As intenções de um homem, ainda o mais honrado, minha mãe, pertencem ao futuro, que faz delas uma realidade ou uma mentira. Para que obrigar um moço honesto a mentir e faltar à sua palavra?...
D. MARIA – Assim, tu julgas que é inútil pedir ou receber uma promessa?