companheiros de Inimá, não podendo acompanhar de perto seu infatigável e valente chefe, ainda não eram chegados; mais um instante só e Inimá teria terminado ingloriamente a existência às garras daquele feroz animal. Estava nas mãos de Itajiba o ver-se para sempre livre de seu poderoso rival, sem que sua morte pudesse por maneira alguma ser-lhe imputada. Mas tal pensamento nem por sombra lhe passou pelo espírito, que a isso se recusava absolutamente seu coração leal e generoso. Uma bem despedida seta partiu de seu arco e voou silvando ao coração do monstro, que expirou estrebuchando em seu sangue. Inimá levantou-se desfigurado e torvo, com o peito sangrento lacerado pelas unhas da terrível canguçu. O peito lhe arquejava com violência e seus olhos sanguíneos e desvairados procuravam Itajiba; apenas o avista, grita-lhe com voz convulsa:
— Bem lançada flecha, guerreiro!... cumpriste com destreza o teu dever. Quando o canguçu acossado encontra-se com o jaguar, este o mata, e oferece assim dobrada presa ao caçador. O jaguar se refugia na toca do canguçu, onde o caçador o veio surpreender. É pois forçoso agora que pelejemos. Miserável forasteiro, que vieste trazer a zizânia e a discórdia a nossas tabas, desta vez não me escaparás. Dize-me, insolente e traidor imboaba, como ousaste roubar à taba do cacique essa virgem que te acompanha? Contavas