responder a todos assentou de si para si que era mais cômodo não responder a nenhum. Mestre Mateus chegou-se para Gonçalo.
— Estás hoje de má cara, meu compadre! o que te aconteceu?... Não queres tomar alguma coisa? da lisa ou da assada?... hem?
— Venha seja o que for, e deixem-me que estou cansado.
Dizendo estas palavras, o moço atira-se atabalhodamente no primeiro assento que encontra fazendo um barulho dos diabos com as esporas, faca, garruchas, e todo o trem bélico que trazia em si, joga o chapéu para um canto, encosta-se à parede, estende as pernas para o meio da sala com toda sem-cerimônia, boceja e fecha os olhos como quem quer dormir. Mestre Mateus volta daí a um instante com um copo na mão.
— Toma lá da queimada, compadre. Oh! com os diabos!... queres dormir, homem?
— Ora vai-te com os diabos, compadre, que me não deixas descansar. O que me queres?
— É da queimada; não tomas? e então fica-se aqui a dormir ou vai-se dançar?
Gonçalo sacudiu os ombros, e não respondeu, tomou alguns goles da assada, passeou um olhar indiferente pela sala, e de novo inteiriçou-se em seu assento a todo o comprimento do corpo com ares de quem estava soberanamente aborrecido. E de feito desde manhã até aquela