nham tirado?” Ou isto: ”Deus nos acuda! No dia em que tivermos petroleo no Brasil a gazolina ficará pelo preço da agua de Caxambú”.
Para gente que pensa com outras partes do corpo que não o cerebro, argumentos dessa ordem valem ouro. Matam a questão. E quarenta milhões de criaturas passaram a repetir como papagaios os argumentos “estandardizados” que as bombas de gazolina forneciam de lambuja a cada comprador de essencia.
Não era bastante. Tornava-se necessario meter ciencia no meio. Organizar o não-ha-petroleo cientificamente. Ora, o brasileiro tem uma concepção muito curiosa de ciencia. Ciencia é o que ele não entende. Se entende, é besteira, não é ciencia da legitima.
Eusebio de Oliveira governava então o Serviço Geologico. Apesar de todos os seus defeitos, tinha uma qualidade inegavel: falar compreensivelmente. Não servia. O chefe ideal do departamento tinha de ser um “verdadeiro homem de ciencia” — dos ininteligiveis. E surge “the right man in the right place — Fleury da Rocha.
Os Interesses Ocultos exultaram. O Brasil iria ser iluminado por ciencia da “legitima”. Em vez de dizer-se, á Eusebio, “Olá, negrinho, feche a janela por causa do vento”, dir-se-ia, á Fleury, “Sus, etiope, claudica a finestra por causa do furibundo Boreas”. Esse homem, escapo a Molière, iria tambem revelar-se mestre inegualavel na fatura da