mos, com uma velha sabedoria vulpina de lidar com a humanidade, manobraram os nossos homens da revolução e fizeram que por suas mãos inocentes fosse desferido no Brasil o grande golpe. O trust gestou a Lei de Minas; o nacionalismo patriotico a pariu.
Como não babaria de gozo Maquiavel, se resuscitasse!
Os homens publicos que assinaram essa lei fizeram-no convictos de estarem defendendo da melhor maneira os nossos tesouros subterraneos. Leis como essas são tecnicas; presidentes e ministros apenas as subscrevem — não a leem. Ha o pavor de meter os dentes em “materia tecnica”. E’ tabú lá dos tecnicos. Mas se acaso esses homens tivessem hoje a curiosidade de ler o que assinaram e refletissem sobre o texto com o seu natural bom senso, haviam de ficar de cabelos arrepiados. Porque a Lei de Minas tranca da maneira mais absoluta qualquer investigação do sub-solo. Cria tais embaraços que só um doido varrido irá perder tempo em cavocar a terra.
A coisa é clara. Já que o trust interessado no petroleo do Brasil não pretendia explora-lo, e sim apenas acaparar as terras petroliferas para reforço das suas reservas potenciais, nada melhor do que o aparecimento de uma lei que, trancando as pesquisas em geral, só favorecesse a politica secreta do trust em particular. E para obter uma lei dessas, nada melhor do que pegar o indigena