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O Escandalo do Petroleo
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tranca a sonda por 14 mezes. Foi o periodo da ocupação militar.

Edson não desiste. Espera que o interventor caia e venha outro. Vem Osman Loureiro. A perfuração é retomada. Mas já não ha dinheiro. Edson está trabalhando sozinho, desajudado de todos, quasi no fim da sua heroica resistencia. De diretor da companhia passa a perfurador. Pessoalmente dirige o serviço, de mangas arregaçadas. Para obter recursos monta a cavalo e afunda dias e dias pelos cafundós. Só lá pode vender algumas acções, porque na capital e nas cidades maiores está difamado pela campanha insistente, persistente, onimoda da camorra federal vitoriosa.

Mas Edson resiste. Nada o abate. Levanta um pouquinho de dinheiro no sertão e volta a perfurar mais uns metros. Outra viagem a cavalo; mais uns metros. E assim vai com o poço S. João até 250 metros. Subito, irrompe um fortissimo jacto de gaz de petroleo. Tinha vencido!

A noticia corre. Aflue gente de Maceió. Estabelece-se para Riacho Doce uma romaria permanente. Todos querem ver, cheirar aquelle maravilhoso fluido que brota das entranhas da terra. Vai Osman Loureiro. Vão Costa Rego, deputados, jornalistas, estudantes. Todos contemplam a formidavel chama que se levanta quando Edson risca um fosforo. O exame mostrou tratar-se de gaz de petroleo.