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Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/142

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FR. PEDRO – Sua Majestade D. José I, não podia esquecer o exemplo de seus avós; para quem o templo do Senhor foi sempre um asilo sagrado.

CONDE – Quando a hipocrisia e a falsidade se cobrem com o hábito da religião e se abrigam aos pés do altar, o rei deve expulsá-las do templo onde só pode entrar a virtude.

FR. PEDRO – Falais dos companheiros de Jesus, senhor governador?

CONDE – Falo da Ordem rebelde e ambiciosa, que, traindo o instituto do seu fundador e a santidade de sua missão, abusa da hospitalidade que lhe concederam os reis de Portugal e do poder que eles lhe conferiram em bem da religião, para conspirar contra a majestade.

FR. PEDRO – Não sois vós, senhor governador, nem os reis da terra que nos hão de julgar. Aquele que tudo vê e tudo sabe, conhece a nossa inocência.

CONDE – A sua punição vai cair sobre vossas cabeças.