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Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/147

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CONDE – Falai; estamos sós.

SAMUEL – Quando aludi ao vosso coração, senhor conde, não me referia ao fidalgo, nem ao governador; mas ao pai que não pode ser indiferente à perda de uma filha.

CONDE – De uma filha!

SAMUEL – Bem vedes; este único nome vos estremece.

CONDE (imperativo) – O segredo?

SAMUEL – O segredo? É este. Todo o homem, ainda o mais forte, tem na sua vida um momento de fraqueza. Há dezesseis anos amastes uma donzela, Sr. conde de Bobadela; por vós traiu ela, seus deveres, abandonou sua família. Vossa indiferença depois a castigou cruelmente; o vosso desprezo a matou. Ela morreu, deixando-vos uma filha que