Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/28

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JOSÉ BASÍLIO – Servo de v. m. José Basílio da Gama, noviço estudante na companhia dos Padres de Jesus que tem a sua colegiada no morro do Castelo desta cidade de São Sebastião. (Tira o chapéu.)

D. JUAN – Conheço. Conheço a tal colegiada! De lá venho agora.

JOSÉ BASÍLIO – Assim me parecia; lembrava-me tê-lo deixado quando saí.

D. JUAN – E se não tomasse a boa resolução de pôr-me ao fresco, ainda lá estaria à esta hora olhando para as paredes à espera que os malditos frades se decidissem a dar uma palavra. Com a breca! É uma casa de mudos!

JOSÉ BASÍLIO – Que lhe sucedeu então?

D. JUAN – Ora !... Chego, pergunto pelo Reitor, levam-me a um velho carola; exponho-lhe o caso em termos claros; o reverendo escreve uma carta, levanta-se e até agora o espero. Dirijo-me a uns barbaças que andavam como baratas de um lado para outro, e por toda a resposta levam o dedo à boca.