Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/39

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felicidade é vê-lo e amá-lo; a seu lado nada receio, e sinto-me tão tranquila como aos pés do altar.

ESTÊVÃO – E tem razão! Meu amor a respeita, mas ele me domina, e Deus sabe as lutas silenciosas de meu coração, a força de vontade que é preciso para resistir aos impulsos deste sentimento poderoso!

CONSTANÇA – Por que não me ama como eu lhe amo, sem temor e inquietação?

ESTÊVÃO – Sua candidez não compreende isto. Porque é minha noiva à face de Deus, Constança; mas não é ainda minha esposa para o mundo.

CONSTANÇA – Não lhe dei eu a minha alma?

ESTÊVÃO – Deu-me sua alma, Constança, e é por isso que eu respeito em sua virtude a minha felicidade futura. Parto; voltarei para pedir-lhe um bem que me pertence.

CONSTANÇA – E há necessidade de partir, quando a ventura está tão perto de nós? Hoje é o amigo de meu coração; não pode amanhã ser meu...