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Na primeira representação da Hécira, o público romano, distraído por um espetáculo de funâmbulos, não concorreu ao teatro.

Pondo novamente em cena a sua comédia, Terêncio referiu a circunstância em um prólogo e com esta severidade:


Ita populus studio stupidus in funambulo.
Animum occuparat.


O autor do Jesuíta não tomará estas palavras por epígrafe; recorda-as porém como uma lição para aqueles que taxaram de inaudito o seu procedimento.

A esses talvez aplicasse Terêncio o epíteto que dirigiu ao povo-rei. O escritor brasileiro não se julga com tal direito.

Da mesma sorte que a comédia do ilustre poeta romano, o Jesuíta, não foi ouvido, nem julgado: neque spectari, neque conosci. O público fluminense teve para distraí-lo, não um, porém diversos funâmbulos.

Dando à estampa o drama, julgou o autor indispensável acompanhá-lo dos artigos que suscitou-lhe o eclipse do público. Antes desses artigos porém transcreveu o juízo crítico de um jovem escritor de grande talento, o Sr. Luís Leitão, que desenvolveu cabalmente o pensamento do Jesuíta.

Assim fica o leitor habilitado para sentenciar este pleito dramático; o