— Não faz mal, respondeu a moça, cuja physionomia irradiava. Requeri ás escondidas uma cadeira e obtive-a!...
Théo sentou-se de golpe.
— Quê?
— E' verdade. Foi nomeada hoje adjunta ao grupo escolar.
Théo desmanchou a pastinha.
— Fado cruel! Destino espezinhador! Eu, que te adoro, que te quero com todas as véras d'alma, ser obrigado a viver do producto do teu trabalho? Nunca!
— Mas que tem isso, bobo? Não sou vadia, gosto de serviço e a escola me distrahirá.
— Nunca! Não consinto, não admitto que minha adorada esposa trabalhe! Antes rebentar os miolos a bala!
— Não digas isso, Théo!...
— Digo, digo porque sinto! E's um anjo e eu não me conformo com a situação.
E arrepelando a grenha, de olhos cravados no tecto:
— Em que signo maldito nasci eu? Que te fiz, meu Deus, para me castigares desta maneira?