Seu corpo será destroçado pelas horrendas megeras da tribu e sua carne devorada pelos ferozes cannibaes.
O guerreiro branco rememora com melancolia sua vida tão breve — sua meninice de hontem, o engajamento, as aventuras nas terras novas de Santa Cruz, norteadas pela desmedida ambição de riquezas.
E' louro e tem os olhos azues. Em suas veias corre o melhor sangue do reino. Seu avô cahiu nas Indias, varado duma zagaia cingaleza e seu pae, nos sertões inhospitos dos Brasis, acabou na paralysia do curare que uma setta fatal lhe inoculou.
Chegara a vez ao malaventurado rebento ultimo dessa estirpe de heroes...
Em redor, guerreiros côr de bronze. exhaustos de dança e bebados de cauim, jazem estirados por terra, as mãos soltas dos tacapes terriveis.
Tambem dormita o velho pagé, de cocaras rente da ocara, com o maracá silencioso ao lado.
Que mais? Sim, a lua... A lua que no alto passeia o seu crescente.