Página:O macaco que se fez homem.pdf/175

Wikisource, a biblioteca livre
Marabá
169

E' nesse ôco que mora a menina loura de olhos azues. A mãe ageitou-o para esconderijo seguro, tapetou-o de musgos macios e fez delle um ninho de metter inveja ás aves.

Alli dorme o lindo anjo, filho do amor a céo aberto. Alli recebe elle a mãe inquieta que, de fuga, lhe traz o seio nutriz. De fuga, pois a tribu ignora o estratagema e está convicta de que a filha de Anhembira arrojou ao abysmo das aguas o fruto maldito do seu ventre impuro.

LETREIRO

Marabá cresceu no sombrio da matta como a nympha mimosa do ermo. Inah ensinou-lhe a vida e deu-lhe armas com que abatesse as aves que piam no subosque, a caça ligeira que entóca e os peixes faiscantes que se alapam nas pedras.

QUADRO

Marabá despede-se de sua mãe.

Já pode viver por si e quer seguir para ermos distantes, onde não chegue o som dos