manica saltava ao chão, pedindo coisa mais positiva — o pão-de-ló, o bolinho de milho, a gulodice qualquer do dia, entrevista no guarda-comida.
E a historia continuava a dois, na rede, onde os passaricos se balançavam, isochronos como dois ponteiros de metronomo — sempre entremeiada das perguntas da Martha, futura leitora de Grimm, e cabalmente delucidada pelo Edgard, um Wells em embrião.
— E onde móra elle?
No quarto escuro, no porão, debaixo da cama, no buraco do forno, naquelle barranco onde cahiu a vacca pintada — o Edgard encontrava incontinente uma duzia de biocos tenebrosos onde encafuar sua creação.
A's vezes brincavam de casinha na sala de visitas, grande salão sempre mergulhado em penumbra.
Sob o sofá antigo, de canella preta, armavam com albuns de musica e almofadas a casita da Irene, a grande boneca de louça sem uma perna.
Que maravilhosa mobilia tinha a casa! Coloridos cacos de tijella figuravam de sumptuosa porcelana. Havia travessas e sopeiras