Um dia appareceu no quintal um grande morcego moribundo, de asas rotas por uma vassourada da copeira.
O Edgard foi quem o descobriu, e sem vacillar o identificou:
— O Camicêgo!
Reuniram-se os tres em torno do monstro, em demorada contemplação: a menina, mais arredada, no instinctivo asco da sua aguda sensibilidade feminil; o Guilherme espichado no chão, de barriga, o rosto moreno apoiado nas mãos ambas; o outro a pegar sem nojo nenhum no bicharoco, a estirar-lhe as asas em gomos de guarda-chuva e a abrir-lhe a bocca para mostrar a serrilha dos dentinhos brancos, explicando, inventando petas a respeito.
— E este tambem come gente? pergunta a menina.
— Boba! Pois não vê que é um coitado que nem come esta palhinha? e mettia uma palha goéla a dentro do bicho já morto.
Mas "gente grande" appareceu na sala e pilhou-os na "porcaria" e com ralhos aspe-