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O MANDARIM

 

notona e triste. Pelos terraços, enormes serpentes, venerandas como deuses, iam-se arrastando, já entorpecidas da friagem. E aqui e além, ao passar, avistavamos buddhistas decrepitos, sêccos como pergaminhos e nodosos como raizes, encruzados no chão sob os sycomoros, n’uma immobilidade de idolos, contemplando incessantemente o umbigo, á espera da perfeição do Nirvana...

E eu ia pensando, com uma tristeza tão pallida como aquelle mesmo céo d’outubro asiatico, nas duas lagrimas redondinhas que vira brilhar, á despedida, nos olhos verdes da generala!...