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Página:O mandarim (1889).djvu/147

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O MANDARIM
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tremia, acaçapada como um cão que se roja sob o açoite.

Eu afastei o cobarde, e adiantei-me para a galeria. Em baixo, o muro fronteiro, coberto d’um alpendre, projectava uma funda sombra. Ahi com effeito estava uma turba negra apinhada. Ás vezes uma figura, rastejando, adiantava-se no espaço alumiado, espreitava, farejava as carretas, e sentindo a lua sobre a face, recuava vivamente, fundindo-se na escuridão: e como o tecto do alpendre era baixo, faiscava um momento á luz algum ferro de lança inclinada...

— Que querem vossês, canalha? — bradei eu em portuguez.

A esta voz estrangeira um grunhido sahiu da treva; immediatamente uma pedra veio ao meu lado