Saltar para o conteúdo

Página:O mandarim (1889).djvu/150

Wikisource, a biblioteca livre
138
O MANDARIM

 

— E ficar aqui, n’esta aldeia maldita, sem camisas, sem dinheiro e sem mantimentos?...

— Mas com a rica vida, Vossa Honra!

Cedi. E ordenei a Sá-Tó que fosse propôr á turba uma copiosa distribuição de sapeques, — se ella consentisse em recolher aos seus casebres, e respeitar em nós os hospedes enviados por Buddha...

Sá-Tó subiu á sacada da galeria, a tremer; e rompeu logo a arengar á malta, bracejando, atirando as palavras com a violencia d’um cão que ladra. Eu abrira já uma maleta, e ia-Ihe passando cartuchos, saccos de sapeques — que elle arremessava aos punhados com um gesto de semeador... Em baixo havia por momentos um tumulto furioso ao chover dos metaes;