Saltar para o conteúdo

Página:O mandarim (1889).djvu/151

Wikisource, a biblioteca livre
O MANDARIM
139

 

depois um lento suspiro de gula satisfeita; e logo um silencio, n’uma suspensão de quem espera mais...

— Mais! — murmurava Sá-Tó, voltando-se para mim ancioso.

Eu, indignado, lá lhe dava outros cartuchos, mais rôlos, mólhos de moedas de meio real enfiadas em cordeis... Já a maleta estava vazia. A turba rugia, insaciada.

— Mais, Vossa Honra! — supplicou Sá-Tó.

— Não tenho mais, creatura! O resto está em Pekin!

— Oh Buddha Santo! Perdidos! Perdidos! — clamou Sá-Tó, abatendo-se sobre os joelhos.

A populaça, calada, esperava ainda. De repente, uma ululação selvagem rasgou o ar. E eu senti aquella massa avida arremessar-se sobre as