Página:O mandarim (1889).djvu/155

Wikisource, a biblioteca livre
O MANDARIM
143

 

furiosamente desenrolada: de subito avisto uma brecha, um boqueirão erriçado d’esgalhos de sarças, e fóra a planicie que sob a lua parecia como uma vasta agua dormente! Lancei-me para lá, desesperadamante, sacudido aos galões do potro... E muito tempo galopei no descampado.

De repente o poney, eu, rolámos com um baque surdo. Era uma lagôa. Entrou-me pela bôca agua putrida, e os pés enlaçaram-se-me nas raizes molles dos nenuphares... Quando me ergui, me firmei no sólo, — vi o poney, correndo, muito longe, como uma sombra, com os estribos ao vento...

Então comecei a caminhar por aquella solidão, enterrando-me nas terras lodosas, cortando através do matto espinhoso. O sangue da orelha ia-me pingando sobre o hombro: á