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Página:O mandarim (1889).djvu/168

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O MANDARIM

 

lhe, a ponta de dente, desfiando devagar as entranhas...

Uma manhã o leigo da portaria avistou emfim o alegre padre Loriot, galgando á lufa-lufa pelo caminho ingreme do burgo, de volta de Pekin, com a sua mochila ao hombro e uma criancinha nos braços: tinha-a encontrado abandonada, nuasinha, morrendo á beira d’um caminho: baptisára-a logo n’um regato com o nome de Bem-Achado: e alli a trazia, todo enternecido, arquejando de tanto que estugára o passo, para dar depressa á creaturinha esfomeada o bom leite da cabra do convento...

Depois d’abraçar os religiosos, d’enxugar as grossas bagas de suor, tirou da algibeira dos calções um enveloppe com o sêllo da aguia russa:

— É isto que manda o papá Camil-