Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/129

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Francisco a dirigir esta pergunta ao compadre:

— Para quando guarda bater o feijão?

— Estou esperando por meu sobrinho Saturnino, que ficou de voltar, mas ainda não chegou.

— Ora! Aqui estou eu e o Lourenço para o ajudarmos. Eu não tenho que fazer hoje. Dei este salto até cá por distrair-me.

— Pois se você quer, vamos a isso.

Francisco chamou pelo pequeno. Para terem mais desembaraçados os movimentos, tiraram as camisas; assim — nus da cintura para cima — ficaram inteiramente à vontade e conformemente ao costume do campo. Cada um pegou então do seu cacete, e começaram a surrar a grande tulha que primeiro se lhes ofereceu à vista.

As mulheres, pelo sentimento de pudor que lhes é natural, especialmente no campo, não obstante lhes faltarem as saudáveis praticas, presente da educação, tinham-se recolhido antes à sala da casa, e ai se entregaram a diferentes gêneros de ocupações. Bernardina, sentada em uma esteira de juncos, e Marianinha em um couro de cabra, faziam companhia, tendo cada uma entre as pernas sua almofada