Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/136

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pretexto de gracejar, toma-lo das mãos de Lourenço. Este porém entregou-o, sem a menor oposição, ao sobrinho de Victorino, dizendo-lhe estas palavras:

— Tome para você. Não gosto de ponche de caju.

Marianinha, corando de contrariedade e confusão, voltou a trocar os bilros em sua almofada. Ela não queria mal ao primo, mas desde esse momento começou a trata-lo com manifesta frieza.

Entrava a esse tempo na sala a Bernardina trazendo um pedaço de cana. Lourenço foi-se a ela, no momento mesmo em que a menina o oferecia a Saturnino, e o arrancou da sua mão com surpresa. Esta violência irritou a moçoila que sem hesitar se atirou ao rapaz, a fim de retomar a propriedade. Ele resiste. A resistência leva a rapariga a insistir cada vez mais na sua resolução. Agarram-se os dois corpo a corpo. Agarrarem-se assim foi o mesmo que se abraçarem naturalmente. Os cachos dos negros cabelos da matutinha roçam pelas faces do travesso rapaz. Com ou sem intenção, conchega este aos seus seios os seios boleados da rapariguinha gentil e ofegante. Era já