Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/189

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jantar, não no que tinha escondido na soleira da porta do fundo não no do meio, mas no da frente. Não havia pois que duvidar. S. João dizia que ela se casaria, não dai a três ou a dois anos, mas no próprio ano presente.

Seriam oito horas quando Joaquina começou a distribuir pelos hospedes, em tigelinhas de barro, a canjica saborosa.

Marianinha, esquecida do que lhe acontecera por ocasião de oferecer a Lourenço a cajuada, adiantou-se para o servir, corada e tremula. Deste vez não houve formal recusa como da outra: Lourenço recebeu a tigela e esvaziou-a em poucos instantes; mas, levantando-se imediatamente, pegou do chapéu, e encaminhando-se para a porta, disse:

Vou-me embora, minha gente. A festa está muito boa, mas vem muita chuva, e eu tenho ainda de levar minha mãe do engenho para o Cajueiro. Entrei para me recolher da neblina, e ia-me esquecendo da minha obrigação.

Ó xentes! Disseram do lado umas rapariguinhas das vizinhanças que tinham chegado minutos antes. Já vai tão cedo?

Que é isso, Lourenço? Perguntou Victorino colando-se em frente do rapaz, como