Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/193

Wikisource, a biblioteca livre


Vou-me embora, vou-me embora
Para minha terra vou;
Se eu aqui não sou querido,
Lá na minha terra sou.

Quando eu me for não choreis,
Que são penas que me dais;
Deixai o chorar prá mim,
Que eu me vou, não venho mais.

Manjericão verde-escuro
Tem a folha miudinha;
Só em te ver eu te amo:
Que fora se fosses minha?

Passei pela tua porta,
Pus a mão na fechadura;
Eu falei, tu não falaste,
Coração de pedra dura.

Meu passarinho tão manso,
Das minhas mãos escapou;
Para mais penas me dar,
Penas nas mãos me deixou.

— Molha a guela, Lourenço, molha a guela com a patricia — disse neste ponto ao cantador o Ignacio Macambira.