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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/353

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Coelho foi ao encontro de Cosme Bezerra, e com irritante altivez que as circumstancias actuaes até certo ponto justificavam, rompeu o silencio que se seguira á intimação:

— Da parte d'el-rei, que quereis em minha casa ao lusco-fusco e com este apparato de força, senhor juiz?

— Usais de um direito que pertence á justiça—o de interrogar—respondeu Cosme Bezerra com affectada serenidade que lhe era muito custosa de manter. Mandais distribuir armas e dinheiro pelo povo a fim de derribar as autoridades legaes, e vos admirais de ter a justiça em vossa porta.

— O que se diz é o contrario, retorquiu Coelho sem diminuir sua arrogancia. Diz-se que nós os portuguezes, e os que nos acompanham, nós os fieis subditos d'el-rei nosso