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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/359

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—disse. É preciso que elle me falle sem perda de tempo.

— O patrão precisa de mim? perguntou-lhe Bartholomeu.

— Hoje não, amanhã, talvez. Podes sahir. Espera. Quando passares pela porta do Laurianno, dize-lhe que venha fallar-me agora mesmo.

Coelho deu alguns passos pela sala, penetrou no gabinete, voltou e logo após tornou a tomar para o interior. Antes de transpor a porta que dava para o quarto secreto, parou e perguntou ao segundo dos seus caixeiros si havia ainda soldados pela rua. Quando o rapaz tomava para a sacada, entrava na sala Luiz de Gouveia, mulatinho musico, de violento e desvairado patriotismo. Vinha acompanhado por differentes homens do povo, trazia as feições demudadas, os cabellos revoltos.

— Que novos ultrajes e attentados nos vens annunciar, Luiz? inquirio o negociante, antes que o musico fallasse.

— Um attentado nefando. Seu Jeronymo Paes acaba de ser ferido de um tiro de pistola, que lhe dispararam da rua, quando estava fallando.

— Eu esperava por isso, tornou o negociante.