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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/374

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da Cunha? perguntou ella ao marido que, dada a ordem, tornara a seu lugar.

— Meu dever impõe-me este procedimento.

— Não sei se seria mais prudente não vos expordes ás iras dos vossos inimigos.

— Penso, ao contrario, que devo ir ao encontro delles a fim de os castigar.

— Mas é que em vossa ausencia podem vir atacar o sobrado, observou Filippe Cavalcanti.

— Meus escravos estão ahi para defendêl-o. Não nos ha de faltar nem polvora nem bala.

— E não ha de ser só a escravatura que o defenda. Eu tambem sei pegar de uma espingarda e disparal-a, disse graciosamente a jovem senhora-de-engenho.

— Bonito, prima! exclamou Cosme Bezerra, sorrindo. Quizera estar de parte a ver a galhardia desta valente amazona.

— Não façais pouco em mim, sr. Cosme, respondeu d. Damiana. Bem me conheceis. Si entrardes na sala das mulheres ficareis admirado do armamento que lá existe. Ha mais de uma semana não tinha eu no engenho outra occupação que fazer cartuchame. Podeis pois levar tranquillo vosso espirito. Na casa