— Eu nunca matei ninguem, meus senhores—disse Francisco ao bando. Mas para salvar esses homens, mato e morro; faço tudo, contanto que lhes dê a liberdade.
Miguel ouvindo estas palavras decisivas, partiu contra elle com o facão, e Victor imitou-o. A esse momento estavam já com o matuto algumas pessoas de Goyanna, que descarregaram terriveis golpes sobre os aggressores. Aproveitando a confusão, Francisco consegue chegar-se aos prisioneiros e cortar-lhes as cordas que lhes prendiam os pulsos. A um dá o facão, a outro a arma de fogo. Então elles investem terrivelmente. Pareciam féras soltas das jaulas. Em poucos instantes Jeronymo cahe como morto; tinha sido alvo de golpes tremendos a que não pôde resistir. Os filhos, porém, ainda que feridos levantam o procurador do povo (Jeronymo Paes dava-se esta denominação) e fogem com elle. João da Cunha quer perseguil-os, mas de repente pára, como si o mundo lhe desabára aos pés tanto que ouviu estas vozes de Francisco:
— Seu sargento-mór, os mascates estão vencidos. Mas o principal para nós está ainda por fazer. Sinha d. Damiana...