Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/89

Wikisource, a biblioteca livre

mel-de-engenho saindo da tacha, subir à almanjarra e açoitar os animais de companhia com os molecotes mais espertos.

Moços e moças formosas e elegantes, que tinham ido de Goiana à festa, faziam agradáveis digressões pelos campos e outeiros próximos da propriedade. Alguns jovens pescavam no açude, enquanto outros se metiam pelos matos a colher cajus e a passarinhar.

Lourenço ouviu de noite, de sobre as palhas da cana onde se deitara ao luar, defronte da casa-da-moenda, melancólicas e saudosas harmonias, que lançavam ecos suavíssimos em sua alma.

Eram as toadas com que os negros respondiam da porta da senzala, de cima da bagaceira, da almanjarra, do pátio da casa-de-purgar, aos regozijos da casa-de-vivenda, onde os toques ressoavam desacompanhados das altercações, a que dá lugar o demônio do jogo, então bem menos conhecido do que hoje do fazendeiro nortista.

Parece que se prepara grande guerra à cana-de-açúcar no norte. Para levar a efeito este pensamento — o da destruição da planta abençoada, servem-se do de cultivar com largueza o café no interior das províncias