que fermentava no seu espírito, continuava a agitá-lo numa luta interior dolorosa e estéril.
Roía dentro de si as aberrações da inteligência e do coração no que tocava na teologia dogmática e na filosofia moral, porque compreendia bem que manifestar tais aberrações seria trancar ao seu futuro as portas do estado eclesiástico a que se destinava. Mas o espírito de protestantismo e de rebeldia desafogava-se nas discussões da teologia moral em que, dizia padre Azevedo, citando um escritor católico, a Igreja permite alguma liberdade de opinião aos seus adeptos, por efeito da Divina providência, porque uma vez que o apetite humano tem cobrado tanta resistência ao honesto e justo, melhor será ampliar a esfera deste com probabilidades, do que reduzi-lo a termos de arremessar-se ao pecado conhecido por tal.
Usando e abusando dessa permissão e da tolerância de padre Azevedo, com que não podia contar em matéria de dogma, Antônio