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Página:O precursor do abolicionismo no Brasil.pdf/74

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SUD MENNUCCI

Quero gravar em lúcidas colunas
o obscuro poder da parvoice
e a fama levar da vil sandice
ás longinquas regiões da velha Báctria!»

E de maneira insofismavel se definira, por fim, na última décima do “Novo sortimento de gôrras para gente do grande tom”:

«Eu, que inimigo sou do fingimento,
em prosa apoquentado sem talento,
apenas soletrando o b - a, ba,
empunho temeroso o maracá.

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Qual vespa, esvoaçando, atroz, picante,
com sátira mordaz, sempre flamante,
picando, picarei por toda a parte,
se a tanto me ajudar ferrão e arte.»

Não lhe importa, como se vê, o fulgor da frase. Interessa-lhe apenas a força com que a exprime. E seus versos, se não têm o brilho dos lavores acepilhados, sobre os quais suaram o escopro e o camartelo, na ânsia da perfeição, como idéas e como pontas são quasi sempre de um vigor notavel e ferem, a miudo, funda e dolorosamente.

Do livro repontam as quisilias, as antipatias, as birras e teirós mais firmes e mais inveterados de seu espírito. Não são muitos: os barões do Imperio; o ouro que tudo doura e redoura, em camadas espessas de purpurina, mesmo o que é moralmente ou espiritualmente