todos os mofadores contumazes, que se jogaram sempre a fundo, em esgrima facil, contra as infelicidades conjugais. Gama atira-lhes, sempre que pode e quasi sempre de passagem e de raspão, flechadas que ele ervou do veneno satírico. Assim no seu elogio do rapé, na poesia “A Pitada”:
«Contra o peso da cabeça
é remedio tão gabado
que o não deixa um só momento
todo homem que é casado.»
E, alem de outras, arrumou-lhes, aos maridos distraídos, aquela carapuça da “Farmacopéa”, acerando a pua com o oferecimento de suas mesinhas e quinquilharias literarias de seu “bric-à-brac” sardônico:
Marido que a consorte não recata,
Entregue ao desvario, ao desatino,
que, na pândega alegre, não repara
a figura que faz de «Constantino»...
Tem sortimento
já reservado,
grinalda e gôrra,
chapeu-armado;
barrete á moda
com dois raminhos
para descanso
dos passarinhos.»