e resolução, tomou as dores por ele, e não pôde deixar de repelir tão grosseira chocarrice.
— Súcias não senhor!... veja como fala... - bradou ela pondo-se em pé e alçando-se crespa e altaneira como siriema enraivecida. - Este moço foi criado junto comigo, e sempre vem à nossa casa. O pai dele não se importa com isso, e o senhor quem é para lhe vir tomar contas?...
— Bravo, minha rica!... não pensei que o maganão era tanto do seu peito!... por isso!... por isso é que a senhora anda tão soberba com os outros!
— Senhor Luciano!... gritou a moça indignada, e ia responder; o moço, porém, satisfeito com o remoque que acabava de atirar, voltou-lhe rapidamente as costas, e foi para o meio do terreiro acender o cigarro na fogueira.
Luciano estava cruelmente ferido em sua fatuidade e amor-próprio, mordia-se de raiva e de ciúme, e só procurava uma ocasião de vingar-se do desdém de Margarida sobre o pobre e inofensivo estudante.
Eugênio por sua parte achava-se muito mal satisfeito de si mesmo e envergonhado do papel covarde que fizera perante sua amada, tornando necessário que esta acudisse em sua defesa. Estava