capaz.. replicou Luciano pondo-se diante de Eugênio de mãos nas cadeiras e com ar ameaçador... - Olhem a figura de quem quer se empertigar diante de mim!... este fedelho.... este rato de sacristia!... se me diz mais uma palavra, escovo-lhe aqui mesmo as orelhas...
Eugênio ficou amarelo, verde e depois cinzento. Além de sua natural timidez pelava-se de medo de dar ocasião a um barulho, que não deixaria de chegar aos ouvidos de seu pai.
Margarida tirou uma agulha, que trazia no corpo do vestido, e colocou-se perto de Luciano, resolvida a espetar-lha no corpo ao primeiro movimento que fizesse contra Eugênio. Era a única arma que possuía, mas era terrível.
— Alto lá, senhor - bradou uma voz, ao mesmo tempo que uma mão vigorosa agarrava o braço de Luciano...
— Que lucro tira o senhor de estar desfeiteando uma criança?... se lhe puser as mãos é comigo que tem de se haver.
— Pronto!... respondeu voltando-se rapidamente para o seu interruptor. - Mas quem o chamou cá?... porventura o senhor é pai da criança?...