Página:O seminarista (1875).djvu/130

Wikisource, a biblioteca livre

Daqui originou-se uma pendência, que durou alguns minutos sem passar de doestos, provocações e fanfarronadas em que todos tomaram parte, fazendo as mulheres uma pavorosa algazarra.

— Ora! ora! com efeito, senhor Luciano! - dizia a tia Umbelina altamente escandalizada com o negócio. - Nunca pensei que fosse o senhor o primeiro a vir armar barulhos e desordens nesta casa, onde até o dia de hoje - louvado seja Deus - não se sabia o que era a mais pequena rusga. E com quem vem mostrar-se valente? com a coitada de uma criança, que ainda ontem deixou os cueiros!

— Fie-se nisso... não está ele nos cueiros para lhe andar namorando a filha...

— Senhor Luciano, isso não são coisas que se digam! Estes meninos foram criados juntos, querem-se muito e...

— Bravo!... atalhou o rapaz com um riso de galhofa... Ainda mais essa! muito bem! pois deixe-os andarem juntos... que mal faz isso?... deixe-os e espere pelo resultado.

— Cale-se, senhor Luciano! -