Uma vez porém que se achava naquela cruel situação, inteiramente perdido no conceito de seu pai, visto que não era possível encolerizá-lo mais do que estava, Eugênio entendeu que não podia achar melhor ocasião de abrir-lhe sua alma e fazer-lhe a mesma confissão que já havia feito a sua mãe.
Mas faltava-lhe o ânimo; fez um violento esforço e balbuciou.
— Mas, meu pai... eu...
Não pôde continuar; as lágrimas e soluços até ali a custo contidos fizeram explosão tempestuosa. As primeiras palavras do menino abriram-lhes franca saída.
— Mas o quê?...
— Mas... eu não...
Nova explosão de soluços afogou-lhe a palavra.
— Eu não, o quê?... acabemos com isto, meu filho.
— Eu não... tenho vontade de...
Aqui ainda os soluços abafavam-lhe a voz; a palavra fatal agarrava-se teimosa na garganta, donde um nó de soluços não a deixava escapar-se.
— Mau! acabe com isso - exclamou o pai impacientado; - não tem vontade de quê?... fale... pois um moço, um rapagão, que já anda em tafularias,