Página:O seminarista (1875).djvu/92

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galgando de colina em colina, todo esse panorama o enlevava, e lhe afogava o coração num pego de mil suaves emoções.

O rumorejo daquelas folhagens, o murmúrio daquele córrego, o canto dessas aves, o eco dessas brenhas, como que lhe sussurravam ao ouvido um hino de amor, de felicidade e de esperança.

Todos aqueles seres eram também seus conhecidos, seus amigos de infância, que festejavam sua volta, e com ela exultavam de prazer.

Como respirava à larga o peito do mancebo através dos campos e colinas da terra natal! que bálsamo salutar e vivificante lhe entornavam na alma aquelas auras impregnadas de aromas silvestres, que lhe bafejavam a fronte e brincavam com seus cabelos!

Quão tristonhos e acanhados lhe pareceram então os horizontes e os outeiros de Congonhas do Campo à vista das risonhas campinas e largas perspectivas da fazenda paterna! como lúgubre e sombria se lhe afigurava a fachada do seminário em comparação do aspecto faceiro e festival da casinha da tia Umbelina!

Adeus, seminário!... adeus, místicas e devotas veleidades!