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Página:O sertanejo (Volume II).djvu/166

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e o perigo a que se exporia Arnaldo fazendo fogo com o bacamarte do pai, que era dos mais formidáveis.

Um dia em que a Justa não estava em casa, insistindo o menino, o Louredo carregou o bacamarte à meia carga e entregou-o ao filho. Êste sem pestanejar, com uma temeridade de criança, apontou para o ar e puxou o gatilho.

Soou o tiro e o menino revirou de cambalhota, arrojado pelo coice da arma, que por pouco não lhe desarticulou a clavícula. A Justa que chegou deitando a alma pela bôca, tomou o filho nos braços, pôs-lhe umas talas om emplastros, e começou nessa mesma noite uma novena a Nossa Senhora.

No dia seguinte Arnaldo estava de pé; mas andou uma semana de braço na tipóia.

Indo o Louredo para a serra com a mulher e o filho, encontrou o rio cheio. A fôrça d’água era medonha e formava uma torrente impetuosa. O vaqueiro resolveu esperar que passasse a maior correnteza, para atravessar a nado.

Arnaldo, porém, teimou que havia de passar logo. A Justa pôs as mãos na cabeça. O vaqueiro