o vulto do menino sumiu-se na volta do rio, acreditou que afinal Deus lhe havia levado o único filho que lhe concedera. A-pesar-de seu rude fatalismo, que o fazia considerar a morte do menino como o livramento de futura desgraça, pagou neste momento o tributo à natureza, e com os olhos rasos de lágrimas ajoelhou-se ao lado da mulher.
Estava aquele infeliz casal sucumbido pela perda do único filho, quando o foi surpreender uma voz bem conhecida, que vinha da outra banda do rio.
— Ande com isso, pai. Venha a minha trouxa!
— Arnaldo!... bradou Justa. É êle mesmo!... Minha Nossa Senhora da Penha, fostes vós que o ressuscitastes!
— Ainda estás vivo, rapaz! Como foi isto?
— Ora o rio está mesmo desembestado, e pegou uma queda de corpo comigo, que foi uma história... Qual de-cima, qual debaixo; e já queria passar-me a perna, quando encontrei um toro de mulungú, e agora vereis. Montado no meu cavalo de pau fiz a todas.
Arnaldo tomara pé muito para baixo e viera pela beira do rio até alí. O pai jogou-lhe a ponta do