Página:O sertanejo (Volume II).djvu/217

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nunca faltou ao pobre e desvalido; e assim não abandonará esta mísera viúva, que vivia afortunada e na abastança, mas agora aquí está a seus pés, desgraçada, sem marido, sem abrigo, na maior penúria, e tudo por quê? Só porque na sua casa venerava-se acima de tudo o nome do capitão-mór Gonçalo Pires Campelo.

— Que diz, mulher? exclamou o dono da Oiticica com um estremeção que fez estalar a poltrona.

— É a verdade, sr. capitão-mór. Vossa senhoria talvez não se lembre de meu marido, o Tomaz Nogueira?

— O Tomaz Nogueira? repetiu o capitão-mór, interrogando a memória.

— Da Barbalha, acrescentou a viúva.

O fazendeiro consultou com o olhar a D. Genoveva, ao capelão e ao ajudante, que eram os três arquivos ou canhenhos dos fastos de sua vida; mas nenhum recordava-se do nome pronunciado pela viúva.

— Meu marido conheceu o sr. capitão-mór Campelo no Icó, de vista, que de fama já o conhecia desde pequeno; e tal era a veneração que tinha por vossa senhoria que muitas vezes me dizia: «