Página:O sertanejo (Volume II).djvu/229

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— Arnaldo!... Arnaldo!...

Esta circunstância deixou atônito o sertanejo. De onde o conhecia esta mulher? Que lhe queria para chamá-lo? Como pudera ela descobrir a sua presença, que passaria despercebida para olhos vaqueanos?

Se Arnaldo não se perturbasse com a vista dessa mulher e a surpresa que lhe acabava de causar, de-certo que não lhe escaparia uma circunstância importante. Quando Águeda proferia seu nome, nem sempre volvia o rosto para o lado onde êle efetivamente se achava, sinal de que não o via, e apenas pressentia a sua proximidade.

Um dia quis o sertanejo esclarecer êsse mistério; e quando Águeda o chamou como de costume, êle saíu do mato e apresentou-se. Ao rumor de seus passos, D. Flor que ia adiante voltava-se, e avistando-o afastou-se, com a mesma esquiva indiferença, que não deixara de mostrar-lhe desde o dia da vaquejada.

Ficando só em presença de Águeda, o sertanejo perguntou-lhe:

— Que me quer?