— O teu pé não tem a asa de teu desejo, como a terá o meu que é velho e cansado.
Arnaldo tornou à casa. Começava a empalidecer o horizonte. Na habitação e em tôrno dela reinava o mesmo silêncio. No acampamento do Fragoso, os bandeiristas, fatigados talvez da vigília noturna, entregaram-se ao repouso da madrugada.
Apareceu no patamar o capitão-mór Campelo que desceu ao terreiro, passou revista à sua gente, visitou os postos que se tinham estabelecido em vários pontos que se tinham estabelecido em vários pontos mais próprios para a resistência e mandou fazer nova distribuição dos cartuchos fabricados naquela noite.
Depois de ter provido à defesa, o senhor da Oiticica chamou o capelão com quem teveuma breve prática. Azoado com as ordens que recebia, o capelão redarguiu:
— Êle não sofrerá, sr. capitão-mór?
— Que remédio tem senão sofrer?
— E as consequências?
— Tem mêdo, reverendo?
— Se me desem um bacamarte, mostraria que um padre é um homem; porém assim de braços cruzados, como um criminoso que vai a fuzilar...