de mato, onde de repente falta o solo ao cavalo, e o espaço ao homem.
Daniel Ferro, êste desempenhara galhardamente as barbas dos vaqueiros de Inhamuns; e o Campelo a-pesar-de sua corpulência não lhe ficava atrás. Quanto ao Agrela, sabia que sua obrigação era ir ao pé do capitão-mór, e assim o acompanharia ao inferno.
O melhor cavaleiro porém, aquele que ia na frente e com muito avanço, era o Marcos Fragoso. Além de ágil e consumado na arte da equitação, como nas outras próprias dos mancebos nobres de seu tempo, êle montava um soberbo cavalo dos Cratiús, e corria atrás de um troféu para o seu amor. Nem o cavalo, nem êle, careciam de um aguilhão, pois eram briosos ambos; mas o primeiro sentia o roçar da espora, e o segundo passava no remoque do capitão-mór e do desgôsto que sofreria, se não cumprisse o voto feito a D. Flor.
Quando Arnaldo voltara à colina, Fragoso acreditava que o Dourado não lhe podia escapar. O boi corria frouxamente; e mal guardava entre êle e o cavaleiro a distância de cem passos. Metia-se nas moitas que encontrava pelo caminho,