— 108 —
Ah! não me lembres do passado as scenas,
Nem essa jura desprendida a esmo!
Guardaste a tua? a quantos outros, dize,
A quantos outros não fizeste o mesmo?
A quantos outros, inda os labios quentes
De ardentes beijos que eu te déra então,
Não apertaste no vazio seio
Entre promessas de eternal paixão?
Oh! fui um doido que segui teus passos,
Que dei-te em versos de belleza a palma;
Mas tudo foi-se, e esse passado negro
Por que sem pena me despertas n’alma?
Deixa-me agora repousar tranquilo,
Deixa-me agora dormitar em paz,
E com teus risos de infernal encanto
Em meu retiro não me tentes mais!