Selvas do Novo Mundo, amplos zimborios,
Mares de sombra e ondas de verdura,
Povo de Atlantes soberano e mudo
Em cujos mantos o tufão murmura.
Salve! minh’alma vos procura embalde,
Embalde triste vos estendo os braços...
Cercam-me o corpo rebatidos muros,
Prendem-me as plantas enredados laços!...
Patria da liberdade! antros profundos!
Vastos palacios! eternaes castellos!
Mandai-me os genios das sombrias grutas
De meus grilhões espedaçar os élos!...
Ah! que eu não possa me esquivar dos homens,
Matar a febre que meu sêr consome,
E entre alegrias me arrojar cantando
Nas seccas folhas do sertão sem nome!
Ah! que eu não possa desprender aos ermos
O fogo ardente que meu craneo encerra,
Gastar os dias entre o espaço e Deus
Nas mattas virgens da columbia terra!