Foram teus dias elos de teus ferros,
E teus prazeres lágrimas!
II
Negou-te a primavera um riso ao menos;
Dos sonhos na estação, nenhum tiveste;
A aurora que de luz inunda os orbes
Te abandonou nas trevas!
III
Alma suave a transpirar virtudes,
Gênio maldito arremessou-te ao lodo!
Buscaste as sendas lúcidas do Empíreo,
E apontaram-te o caos!
IV
A providência que os coqueiros une
Quando a tormenta pelo espaço ruge,
Até o braço de um irmão vedou-te,
Oh! planta solitária!
V
A morte agora te escutou, criança!
Trouxe a alvorada que esperaste embalde,
E adormecida nos seus moles braços
Pousou-te junto a Deus!...
XVII
Assim Mauro falou. Pesada e surda
A enxada do coveiro retumb
Página:Obras completas de Fagundes Varela (1920), I.djvu/83
Aspeto