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Qu'eu tambem que as ovelhas recolhia,
Não te podia ouvir como queria.
FRONDELIO.
Como queres renove ao pensamento
Tamanho mal, tamanha desventura?
Porqu'espalhar suspiros vãos ao vento,
Para os que tristes são, he falsa cura.
Mas, pois te move tanto o sentimento
Da morte de Tionio, triste e escura,
Eu porei teu desejo em doce effeito,
Se a dor me não congela a voz no peito.
UMBRANO.
Canta agora, pastor, que o gado pace
Entre as humidas hervas socegado;
E lá nas altas serras, onde nace,
O sacro Tejo á sombra recostado,
Co'os seus olhos no chão, a mão na face,
Está para te ouvir apparelhado;
E com silencio triste estão as Nymphas
Dos olhos destillando claras lymphas.
O prado as flores brancas e vermelhas
Está suavemente presentando;
As doces e solícitas abelhas,
Com susurro agradavel vão voando;
As candidas, pacíficas ovelhas,
Das hervas esquecidas, inclinando
As cabeças estão ao som divino
Que faz, passando, o Tejo crystallino.
O vento d'entre as árvores respira,
Fazendo companhia ao claro rio;
Nas sombras a ave garrula suspira,{150}
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Aspeto