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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/133

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No ar se afoga desmaiando a nota
Do sino do deserto...

Vim alentar meu coração saudoso
No vento das campinas,
Enquanto nesse manto lutuoso
Pálida te reclinas

E morre em teu silêncio, ó tarde bela,
Das folhas o rumor...
E late o pardo cão que os passos vela
Do tardio pastor!

II

Pálida estrela! o canto do crepúsculo
Acorda-te no céu:
Ergue-te nua na floresta morta
Do teu doirado véu!

Ergue-te!... eu vim por ti e pela tarde
Pelos campos errar,
Sentir o vento, respirando a vida
E livre suspirar.